domingo, 6 de outubro de 2013

SEXO DEPOIS DA GRAVIDEZ



Como lidar com o desafio de retomar a vida sexual com o mesmo prazer de antes da chegada do bebê




Retomar a vida sexual depois do nascimento do bebê nem sempre é uma tarefa fácil para o casal, principalmente para a mulher. A nova fase traz muitas novidades, mas também muitos dilemas. Entre eles, o de lidar com a situação de assumir o papel de mãe sem deixar a relação esfriar.
Os médicos, geralmente, recomendam esperar de 30 a 40 dias após o parto para retomar a vida sexual, tempo que o organismo feminino leva para se recuperar, independentemente de ter sido feito um parto vaginal ou uma cesárea.
Mesmo se estiver se sentindo bem antes desse período, vá com calma. O sexo depois da gravidez não deixa de ser como uma primeira vez. Além disso, depois do parto os níveis hormonais tendem a diminuir, fazendo com que a mucosa vaginal fique menos lubrificada.
Portanto, é normal sentir certo desconforto nas primeiras relações. Se sentir dor, pare. Com o retorno da menstruação, os hormônios se estabilizam e a lubrificação volta ao normal.
O tecido vaginal e a musculatura ao seu redor são elásticos, ou seja, estão preparados para permitir a passagem do bebê e depois voltarem ao estado anterior. Porém, para a recuperação após um parto normal, a mulher deve investir em exercícios para fortalecer os músculos da vagina. O ginecologista pode indicar alguns deles.
Quando é necessário um espaço maior para a saída do bebê durante o parto, é feito um corte entre a vagina e o ânus, chamado de episiotomia. O tecido é costurado e os pontos cicatrizam em 30 dias, tempo que equivale ao do resguardo. Se houver relação nos primeiros dias após o parto, há sim o risco de os pontos se romperem.
Em caso de cesárea, é preciso esperar a cicatrização do corte para voltar a fazer sexo. A restrição é necessária porque existe o risco de o corte infeccionar.

O que muda no sexo pós-parto?

Fisiologicamente, depois do período de resguardo e da recuperação do organismo da mulher, o sexo volta a ser prazeroso do começo ao fim. No entanto, a libido do casal – agora mãe e pai – pode ser alterada pela nova rotina e pelo choro do bebê.
Lembre-se de que ficar de resguardo não significa interromper as carícias. Na reta final da gravidez, quando a barriga já está bem grande e pode dificultar os movimentos na hora do sexo, buscar prazer em novos pontos do próprio corpo e no do parceiro ajudar a manter o contato entre o casal.
A mesma dica vale para o sexo pós-parto. O sexo oral e a masturbação mútua podem ser alternativas para incrementar o sexo. Ainda que não haja penetração, os beijos, abraços e a troca de carícias já fazem o ato valer a pena. Nessa hora, a criatividade também conta.
O ideal é investir em momentos mais quentes quando o bebê estiver dormindo. Mas como os pequenos são imprevisíveis, ele pode resolver chorar bem na hora H e acabar com o clima. Se isso acontecer, resolvam o problema da criança e voltem de onde pararam.
O importante é que tanto a mulher como o homem entendam que para preservar a vida a dois, é preciso ter boas doses de compreensão. Ter a capacidade de se colocar no lugar do outro também faz parte do relacionamento. Afinal, que os dois precisarão de um tempo de adaptação para assumir completamente o papel de mãe e pai.

Como esquentar a relação depois do parto

Não é porque o bebê nasceu que você vai deixar a paixão esfriar. Descubra como é possível esquentar a relação depois do parto!

A chegada do bebê preenche a vida do casal, mas, aos poucos, outros assuntos voltam à cena e passam a exigir atenção. O sexo é um deles. E pode se transformar em terreno fértil para mágoas e mal-entendidos. O risco aumenta quando um dos parceiros começa a atribuir a falta de disposição para o jogo sexual a desinteresse, e não a fatores externos, como cansaço, insatisfação com o próprio corpo e desconforto físico.

É frequente a diminuição ou perda do apetite sexual por um período bem mais longo do que o intervalo de quatro a seis semanas de abstinência recomendado pelos médicos para que o aparelho reprodutor feminino se restabeleça depois do parto. Por isso, se você acaba de ter um filho e sua libido anda a zero, não se sinta sozinha. Estudos da Associação dos Profissionais de Saúde Reprodutiva, nos Estados Unidos, mostram que a volta do desejo, do prazer e da frequência das relações aos níveis anteriores à gravidez pode demorar até um ano.

Mas os números não são desculpa para descuidar do relacionamento, esperando que os bons momentos entre os lençóis ressurjam magicamente. Sim, tem que encontrar tempo para erotizar a relação com seu querido. Para isso, não precisa esperar a liberação do médico. Há outras formas de dar e receber prazer além da penetração.

Cuide do corpo


Não deixe que a atenção para com o bebê a faça relaxar. Enxergar-se bonita faz bem para a autoestima e para os olhos dele também. Os homens são extremamente sensíveis ao estímulo visual. Então, capriche. Não é por que não dá para usar uma lingerie sensual que você vai pôr um agasalho velho ou passar o dia de camisola e roupão. Há lindas peças de homewear para você ficar confortável e estilosa.

Levante o astral


É normal mergulhar em dúvidas sobre a capacidade de ser uma boa mãe. Mas não permita que os pensamentos negativos e a insegurança tomem conta. Tenha em mente que tudo vai dar certo e curta plenamente a alegria de ser mãe e mulher. O sentimento de realização é o melhor afrodisíaco que existe.

Treine a sedução


Curtir um romântico jantar a dois (tudo bem que seja em casa, com macarrão instantâneo) ou assistir a um filme enroscados no sofá (que tal um com enredo bem sensual?) são situações aparentemente banais, mas elas fortalecem a intimidade e levam a carícias, que, por sua vez, acendem a libido.

Não deixe seu parceiro carente


O homem que se envolve nos cuidados com o filho entende melhor o processo feminino de doação total ao bebê. Mas, se perceber que está deixando seu parceiro de lado, vire o jogo. Um mergulho a dois na banheira para relaxar, uma carícia mais ousada e um beijo inesperado são formas de reafirmar seu amor.

Reviva a adolescência


Lembra daquela época quando o sexo não era só sinônimo de penetração? Isso mesmo: tire o foco da área genital e invista em estímulos orais e masturbação mútua. Óleos aromáticos, massagens e luz de velas ajudam a transformar o contato sexual em uma festa para os sentidos. Depois... quem sabe?

Tenha sexo na cabeça


Cuidado! Quanto mais se deixa o tesão de lado, mais ele esfria. E, para boa parte dos casais, o sexo melhora depois da gravidez. Conforme sua disposição aumenta - e assim que o médico liberar -, incentive as relações completas. Não adianta querer trazer o Kama Sutra de volta à cama em tempo recorde. Invista no sexo delicado, gentil. Em função das variações hormonais, é provável que você esteja com pouca lubrificação vaginal, o que pode tornar a penetração difícil e até dolorosa. O uso de géis lubrificantes ameniza o desconforto e não tem contraindicação.

Reafirme os papéis


Nunca perca a perspectiva de que você e ele são, antes de tudo, homem e mulher. É comum os casais se diluírem na nova condição de pais (alguns chegam até a se tratar de "pai" e "mãe") e esquecerem de nutrir a relação. Aproveite as oportunidades que tiver para namorar e, se possível, não instale o berço do bebê no quarto do casal ou, pelo menos, mude o filho para o próprio quarto assim que der. É difícil ousar nas carícias com um bebê ao lado...

Dispense as visitas


Pais de primeira viagem geralmente perdem a privacidade, cercados de parentes, amigos e vizinhos sempre dispostos a dar uma força nesses primeiros tempos com a criança. Agradeça a ajuda, mas não hesite em colocar limites no entra e sai. Isso favorecerá a intimidade entre você e seu parceiro.

Chame seu parceiro para casa


Às vezes, é o homem que entra em uma espécie de pânico pós-parto, assustado com o peso da responsabilidade de prover o sustento da família. Se perceber que seu companheiro está mergulhando demais no trabalho e esquecendo o sexo e o romance, prepare pequenas surpresas para a volta dele. Uma boa ducha a dois, com um esfregando o outro, pode levá-los a descobrir novas formas de estímulo e servir de começo para algo mais. Que tal?

Declare-se


Não fique constrangida de dizer claramente que o deseja e o tipo de carícia que espera receber nesse momento. Assim, não há risco de ele confundir um certo alheamento natural com desinteresse. Em geral, os homens são altamente excitáveis pelas palavras. Conversar sobre sexo e falar das sensações que as carícias dele despertam em você vai deixá-lo aceso.

Elogie


Que tal reviver os momentos iniciais do romance, em que ele era o centro das suas atenções? Relembre as qualidades dele que a atraíram e expresse admiração. Diga, por exemplo, o que o tornou especial, um amante sedutor aos seus olhos, elogie a dedicação que ele demonstra a você etc. Acredite: nenhuma zona é mais erógena para o homem do que o ego.

5 dúvidas inevitáveis



1. Quando devo voltar a transar?

Na hora em que você e seu parceiro se sentirem prontos. Não é porque o médico libera a penetração que a mulher se mostra física e emocionalmente disposta para o sexo.


2. Por que tanta demora?

A exaustão por cuidar do bebê é o principal motivo apontado para que o sexo figure no fim da lista de preocupações dos casais.


3. E se ele quiser sexo?

antes de mim? Esse descompasso requer compreensão e diálogo. Um bom começo é lembrar que sexo não é sinônimo de penetração. Carícias, massagens, sexo oral e masturbação mútua também são formas de dar e receber prazer.


4. Por que meu parceiro perdeu o desejo?

O cansaço e o envolvimento com a rotina da casa e do bebê fazem cair também a libido masculina. A redescoberta do prazer é um caminho para vocês trilharem juntos.


5. Dor na penetração é sinal de problema?

Não se a causa for pouca lubrificação vaginal, provocada por alterações hormonais, especialmente na amamentação. Mas, se houver mau odor vaginal ou sangramento, é preciso consultar o ginecologista. Esses sintomas podem ser sinal de algum distúrbio mais sério.

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